O QUE
APRENDI POR CAUSA DESTE QUIBE?
Eu
gosto muito de fazer compras, de passear na 25 de março e para mim é sempre uma
aventura. Algumas vezes até prefiro ir sozinha, pois fico mais livre para entrar
nas lojas que mais me agradam e ficar o tempo que quiser, sem pressa. E foi sem
pressa que estive lá, um dia desses.
Sem
pressa, fui atrás de um quibe – este da foto. Diferente, não é mesmo? É assado,
tem a forma arredondada, servido com salada de alface e tomate cereja. Uma
delícia.
E
porque ele foi o motivo desta história?
Estava
assistindo o programa da chefe Bel Coelho sobre culinária árabe, armênia, no
qual ela mostrava restaurantes em SP que preservam receitas tradicionais do
país de seus proprietários e um deles fica exatamente na região da 25 de março.
Tem mais de 20 anos que frequento esta região e até então não sabia do
restaurante que fica no primeiro andar de um prédio comercial. Falo do restaurante
Monte Líbano. Claro, na primeira oportunidade iria conhecer o restaurante e
provar o quibe. E lá fui eu.
E o
que aprendi por causa deste quibe?
Quando desci no primeiro andar do prédio, de imediato,
não consegui localizar o restaurante. Vi uma varanda, para lá me dirigi ,e
ao ver algumas mesas arrumadas, entendi que eram do restaurante e entrei. De
trás do balcão, a chefe, muito simpática, me cumprimentou com um belo sorriso e
disse que o restaurante ainda não estava aberto, mas que eu poderia entrar e me
acomodar. Indicou-me uma mesa e logo em seguida abriu a porta de entrada do
restaurante. Na verdade, eu tinha entrado pelos fundos.
Em seguida
ela voltou e disse que o garçom iria me atender e que ficasse à vontade. Ela já
tinha me deixado à vontade no momento que me recebeu com tanta gentileza, com
um belo sorriso.
A permanência
lá foi muito agradável e saborosa. O garçom me atendeu com presteza, deu
sugestões, informou o tempo de preparo.
Mas,
afinal o que eu aprendi?
Aprendi,
mais uma vez, que para encantar o cliente não é preciso fazer mágica, contratar
dançarinas, criar mil e um artifícios. É simples. É preciso cuidar dos detalhes.
É preciso cuidar do cliente, da pessoa, que gosta de se sentir especial, como
se fosse única, independentemente do quanto irá consumir.
Ambiente
agradável, limpo, organizado, comida com qualidade, pessoas preparadas para
atender, o sorriso sempre presente, cativam o cliente. Ele volta. Ele faz
questão de contar, divulgar para quem conhece e para quem não conhece também,
através de diferentes canais. Como faço agora. O mesmo acontece quando somos mal
atendidos.
Um dos
treinamentos que desenvolvo e ministro tem como tema: Como encantar o cliente. Sempre estou muito atenta ao atendimento que
recebo em qualquer lugar que frequento: restaurantes, supermercados, farmácias,
hotéis, bilheterias, etc., e uso os bons e maus atendimentos como exemplos nos
meus cursos. Infelizmente tenho mais exemplos de mal atendimento. Infelizmente.
Mas,
voltemos ao Monte Líbano. Na saída, a chefe perguntou se fiquei satisfeita, se
gostei do quibe. Sim, fiquei muito satisfeita. Fiquei encantada com o quibe,
com o lugar, com as pessoas que me atenderam.
Como ainda tinha compras a fazer, entrei em mais três estabelecimentos: em dois deles, os atendentes,
tive a nítida impressão, preferiam que eu nem tivesse entrado, que eu estava
incomodando. Um deles, parecia que estava com raiva: de mim, de estar ali, da
empresa, da vida. O outro, parecia triste, desinteressado, enfastiado. Eu? Mais um cliente chato. Com certeza,
não gostam do que fazem. Ou será que não gostam da forma como são tratados pelo
empregador e por isto tratam o cliente da mesma forma? O atendimento ao cliente
externo é o reflexo do atendimento que o cliente interno recebe? Nada justifica o mau atendimento. O que tenho
certeza: todos nós queremos e merecemos ser bem tratados. Somos nós, os clientes,
que pagamos os salários dos empregados e garantimos a sobrevivência de toda e qualquer
empresa. Portanto que cuidem muito bem de todos nós, pois não basta compremos apenas uma vez. Temos que querer voltar e comprar sempre.Confiança, lealdade, é uma conquista que se ganha a partir do
bom atendimento.
Eu
voltarei ao Monte Líbano, quero provar outros pratos, quero repetir a experiência
de me sentir especial. E uma das pessoas que convidarei para ir comigo será Malu,
uma amiga, que me sugeriu contar esta história.
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