“Pessoas com metas
triunfam porque saben para onde vão. É tão simples como isso. ”
Nightingale,
Earl
Oeiras
é uma cidade bem pequena. O treinamento começou às 14h e foi até às 22h.
Turma
bem agitada. Deu trabalho. Muito barulhentos. Mas foi bom. O tema motivação
gerou muita polêmica. Alguns não aceitaram o de que motivação é intrínseca à
pessoa e que conceitualmente ninguém motiva ninguém. Podemos estimular,
influenciar, mas a pessoa só muda se ela quiser.
Há
muita literatura escrita por psicólogos, administradores, pedagogos,
sociólogos, sobre a motivação buscando o entendimento do comportamento humano.
Teorias, tais como: Teoria Comportamentalista, que tem como
alicerce a relação estímulo-resposta ; Teoria das Necessidades de Maslow, ou
Pirâmide de Maslow, que apresenta as necessidades humanas de forma
hierarquizada e afirma que o ser humano busca atendê-las de forma sequencial (necessidades
fisiológicas, de segurança, sociais, de autoestima e de autorrealização);
Teoria das Expectativas, que descreve a concretização de uma ação como uma
decisão pessoal, baseada nas recompensas esperadas e no esforço estimado para
sua realização; e Teoria
Higiene-Motivação de Herzberg, buscam explicar as motivações do ser humano.
A
discussão sobre o tema foi fervorosa e cheia de exemplos de pessoas que foram
motivadas, por exemplo, a parar de fumar, beber, voltar a estudar.
Na
verdade, penso que o que as pessoas não querem é que lhes seja tirado o “mérito”,
o orgulho de ter motivado alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa; a
importância que se tem na vida da pessoa que mudou por amor, amizade etc.
Afinal
de contas, concordar que ninguém motiva ninguém é diminuir o poder de controle
do outro, de significância em sua vida. Penso eu.
Foi uma
bela discussão, mas no fim das contas cheguei a conclusão que preciso ler mais
a respeito, ter mais embasamento para fundamentação dos conceitos. Adoro quando
isto acontece, pois me sinto instigada a buscar mais conhecimento, lendo
artigos, livros, discutindo com pessoas que sabem mais do que eu.
E no
final das contas o mais importante é saber: o que me motiva? O que me faz
acordar e levantar da cama com ânimo, bom humor, cheia de energia?
Será
que a maioria das pessoas tem claro o que as motiva? Receio que não.
Comprovei
que não fazendo essa pergunta para os participantes dos treinamentos.
Falar
em motivação, é falar em sonhos, objetivos, metas, faça sol, faça chuva.
Quando
perguntava um a um o que o motivava, o silêncio se instalava, e às vezes,
percebia até uma certa angústia na pessoa. Alguns nunca sequer pararam para
pensar sobre o assunto, sobre si próprios. Enfim, viviam (ou vivem) sua vida, pegando
carona, ajudando outros a realizarem seus sonhos. Será esta a motivação delas?
Valeu.
Agradeço ao grupo a oportunidade da reflexão, das trocas e estímulo para buscar
mais conhecimento.
Quando
o treinamento começa às 14h, por volta das 19h, paramos para jantar. É,
verdade. Jantar mesmo.
O nosso
jantar teve como prato principal o arroz com pequenos pedaços de carne de sol,
chamado de Maria Isabel. Foi interessante: sentamos nas escadarias da igreja, cada
um com seu prato no colo, e ali fizemos a refeição. Estava uma noite quente,
com uma bela lua. Foi um momento muito gostoso em todos os sentidos: a comida,
as conversas, o lugar.
O
arroz Maria Isabel é uma variação do arroz carreteiro.
O arroz
de carreteiro, ou
simplesmente carreteiro, é um
prato típico da Região
sul do Brasil (embora, atualmente, já esteja incorporado à
cozinha
brasileira, sendo
comum saboreá-lo em todo o país). É feito de arroz ao qual se
adiciona carne-seca ou carne de sol desfiada ou
picada, às
vezes paio e linguiça em pedaços, refogados em bastante gordura, com alho, cebola, tomate e cheiro-verde.[2] Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, é também conhecido como maria-isabel, e preparado com
carne de sol. https://pt.wikipedia.org/wiki/Arroz_carreteiro
Fiquei
hospedada em um hotel onde funciona uma pizzaria e que me lembrou um pouco o
“Onhas do Jequi” – bar que eu e Valério tivemos em Belo Horizonte – MG. O que
me fez lembrar foram músicas e decoração rústica. A proprietária do
hotel/pizzaria, quando iniciou o negócio sequer sabia fazer a massa. E olha que
a pizza era bem gostosa! Ela me contou parte de sua história, lutas, alegrias.
Enquanto isto, músicas de boa qualidade davam um toque especial àquele lugar tão
charmoso, bem cuidado.
Foi uma
noite de bom sono. Acordei revigorada e motivada para seguir viagem.
Próximo
destino: a cidade de Picos.
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