quarta-feira, 2 de setembro de 2015


INDAIATUBA – SP – 2002 – http://www.indaiatuba.sp.gov.br/

                                     
“Qualquer um pode tomar o leme quando o mar está calmo. ”
Siro, Públio




  


Indaiatuba está entre as 50 cidades com menor Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) do Estado de São Paulo. O Atlas foi divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Mais uma vez Indaiatuba é destaque entre os melhores municípios do Estado de São Paulo.

Como estava frio naquela ocasião. Como o treinamento começava às 14h, Valério me levou. Antes, passamos em uma das clínicas que ele administra em Indaiatuba. Foi muito bom, pois pude conhecer mais uma das clínicas.

A turma foi muito boa. Demonstraram interesse, muito comprometimento com o processo de aprendizagem, participando ativamente das atividades. Os processamentos foram muito ricos.

Mas, passei por uma situação inusitada: já tinha sido avisada que a pessoa responsável pela contratante (vou chamá-la de Cláudia), e que estaria presente no treinamento, era muito difícil e que eu deveria cuidar para que ela não gerasse nenhum conflito com os participantes. Era também filha de uma pessoa influente na cidade e utilizava isto para se impor. E, as pessoas tinham certo medo de contestá-la.

Ela me recebeu gentilmente, foi agradável. Pude perceber que tinha uma personalidade forte, mais isto a princípio não era nenhum problema para mim. Já lidei, convivi com pessoas das mais variadas e isto só me ajudou a me adaptar, ter jogo de cintura. Os participantes difíceis é que são os nossos verdadeiros desafios. Trabalhar com quem quer aprender, com quem é educado, não apresenta nenhuma dificuldade.

Mais uma vez, aconteceu uma situação inusitada:  aproximadamente 40 minutos após o início do treinamento, entraram dois senhores que até achei eram participantes atrasados. Educamente os cumprimentei e indiquei lugares para que se sentassem.
Quando me dei por conta, a Cláudia começou a gritar com um deles, falava palavrões, ameaças e só não o agrediu fisicamente, porque outros participantes literalmente a seguraram.  Confesso que meu espanto foi tamanho que fiquei sem reação nos primeiros minutos com o coração acelerado. Que susto! Foi muito constrangedor e criou um clima de grande tensão. Começou e terminou de forma rápida. Creio que os dois senhores se deram conta da situação e atenderam meu pedido para discutirem fora da sala.
Pedi aos participantes que aguardassem um pouco e também saí com Cláudia que estava totalmente alterada, nervosa, exaspera. Sugeri que para se recuperar desse uma volta, se ausentasse um pouco do treinamento, e que se quisesse retornar seria muito bem-vinda. Ela aceitou a ideia e se ausentou por mais ou menos 2h (graças a Deus) e quando retornou teve uma ótima participação. Tinha recuperado a calma e entrou como se nada tivesse ocorrido. Pode?

Mas não foi fácil seguir com o treinamento logo após a confusão. Os participantes estavam tensos, abalados, e eu também é claro.
O que fazer nesta situação? Quando a gente acha que já aconteceu um pouco de tudo em sala de aula, sempre parece mais algumas situações daquelas!
O que fazer?
Pedi que todos ficassem de pé, em círculo. Em seguida, fiz alguns exercícios de relaxamento, respiração, para recuperar o equilíbrio. Disse que situações imprevistas acontecem no dia a dia das lideranças e que é preciso ter habilidade para lidar com elas da melhor maneira possível. Era importante tirar o foco da situação, dos envolvidos, e convidei a todos para o grito de celebração e para a continuidade dos trabalhos. E seguimos.

O que é o grito de celebração?

Sempre que o treinamento é desenvolvido em 5, 6 dias, logo no primeiro dia e início dos trabalhos, incentivamos os participantes a escolherem uma palavra, uma frase curta que possa representar seu “grito de Celebração”.  Todos os dias no início e ao término, todos em círculo, de mãos dadas, com muita energia, dizem em voz alta a palavra ou a frase para celebrar mais um encontro ou o término de mais um dia de aprendizados conquistados. Também, durante cada encontro, quando os participantes realizam alguma atividade com louvor eles celebram com o “grito”. É muito bacana e

Ao término do treinamento, Cláudia me deu um lindo vaso de flores; disse que tinha gostado muito de mim e do treinamento. Estas atitudes compensam o nosso trabalho.
Depois, voltei com Valério para casa.  Como é bom encontrá-lo após o término do trabalho e voltar para casa no mesmo dia. Foi muito bom. E muito frio também. 

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