INDAIATUBA
– SP – 2002 – http://www.indaiatuba.sp.gov.br/
“Qualquer um pode
tomar o leme quando o mar está calmo. ”
Siro, Públio
Indaiatuba está entre as 50 cidades com menor Índice de Vulnerabilidade
Social (IVS) do Estado de São Paulo. O Atlas foi divulgado pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Mais uma vez Indaiatuba é destaque entre
os melhores municípios do Estado de São Paulo.
Como
estava frio naquela ocasião. Como o treinamento começava às 14h, Valério me
levou. Antes, passamos em uma das clínicas que ele administra em Indaiatuba.
Foi muito bom, pois pude conhecer mais uma das clínicas.
A
turma foi muito boa. Demonstraram interesse, muito comprometimento com o
processo de aprendizagem, participando ativamente das atividades. Os processamentos
foram muito ricos.
Mas,
passei por uma situação inusitada: já tinha sido avisada que a pessoa responsável
pela contratante (vou chamá-la de Cláudia), e que estaria presente no
treinamento, era muito difícil e que eu deveria cuidar para que ela não gerasse
nenhum conflito com os participantes. Era também filha de uma pessoa influente
na cidade e utilizava isto para se impor. E, as pessoas tinham certo medo de
contestá-la.
Ela me
recebeu gentilmente, foi agradável. Pude perceber que tinha uma personalidade
forte, mais isto a princípio não era nenhum problema para mim. Já lidei, convivi
com pessoas das mais variadas e isto só me ajudou a me adaptar, ter jogo de
cintura. Os participantes difíceis é que são os nossos verdadeiros desafios.
Trabalhar com quem quer aprender, com quem é educado, não apresenta nenhuma
dificuldade.
Mais
uma vez, aconteceu uma situação inusitada: aproximadamente 40 minutos após o início do
treinamento, entraram dois senhores que até achei eram participantes atrasados.
Educamente os cumprimentei e indiquei lugares para que se sentassem.
Quando
me dei por conta, a Cláudia começou a gritar com um deles, falava palavrões,
ameaças e só não o agrediu fisicamente, porque outros participantes literalmente
a seguraram. Confesso que meu espanto
foi tamanho que fiquei sem reação nos primeiros minutos com o coração acelerado.
Que susto! Foi muito constrangedor e criou um clima de grande tensão. Começou e
terminou de forma rápida. Creio que os dois senhores se deram conta da situação
e atenderam meu pedido para discutirem fora da sala.
Pedi
aos participantes que aguardassem um pouco e também saí com Cláudia que estava
totalmente alterada, nervosa, exaspera. Sugeri que para se recuperar desse uma
volta, se ausentasse um pouco do treinamento, e que se quisesse retornar seria
muito bem-vinda. Ela aceitou a ideia e se ausentou por mais ou menos 2h (graças
a Deus) e quando retornou teve uma ótima participação. Tinha recuperado a calma
e entrou como se nada tivesse ocorrido. Pode?
Mas
não foi fácil seguir com o treinamento logo após a confusão. Os participantes
estavam tensos, abalados, e eu também é claro.
O que
fazer nesta situação? Quando a gente acha que já aconteceu um pouco de tudo em
sala de aula, sempre parece mais algumas situações daquelas!
O que
fazer?
Pedi
que todos ficassem de pé, em círculo. Em seguida, fiz alguns exercícios de
relaxamento, respiração, para recuperar o equilíbrio. Disse que situações
imprevistas acontecem no dia a dia das lideranças e que é preciso ter
habilidade para lidar com elas da melhor maneira possível. Era importante tirar
o foco da situação, dos envolvidos, e convidei a todos para o grito de celebração
e para a continuidade dos trabalhos. E seguimos.
O que é
o grito de celebração?
Sempre
que o treinamento é desenvolvido em 5, 6 dias, logo no primeiro dia e início
dos trabalhos, incentivamos os participantes a escolherem uma palavra, uma
frase curta que possa representar seu “grito de Celebração”. Todos os dias no início e ao término, todos em
círculo, de mãos dadas, com muita energia, dizem em voz alta a palavra ou a
frase para celebrar mais um encontro ou o término de mais um dia de
aprendizados conquistados. Também, durante cada encontro, quando os participantes
realizam alguma atividade com louvor eles celebram com o “grito”. É muito
bacana e
Ao
término do treinamento, Cláudia me deu um lindo vaso de flores; disse que tinha
gostado muito de mim e do treinamento. Estas atitudes compensam o nosso
trabalho.
Depois,
voltei com Valério para casa. Como é bom
encontrá-lo após o término do trabalho e voltar para casa no mesmo dia. Foi
muito bom. E muito frio também.
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