Santa Cruz do Rio Pardo
- São Paulo /2001 http://www.ferias.tur.br/fotos/9602/santa-cruz-do-rio-pardo-sp.html
"A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais."
Aristóteles
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Uma
das vantagens de viajar de ônibus é quando a pessoa que se senta ao nosso lado
é bacana. Uma das desvantagens é exatamente o contrário: quando a pessoa que se
senta ao nosso lado é desagradável, ronca, baba, tosse, suspira, come salgadinho ou chupa bala o trajeto todo, puxa conversa quando
tudo que queremos é ficar invisível.
Sempre
aproveito o tempo das viagens para ler, estudar mais um pouco, dormir, ficar
pensando na vida, sentir saudades, apreciar a paisagem (já vi cada pôr de sol, cada lua...) e quando dou sorte de ter uma boa companhia,
conversar o caminho inteirinho e nem ver o tempo passar. Delícia!
E
foi assim que ocorreu com a viagem para Santa Cruz do Rio Pardo. Conheci
Aldine, uma pessoa muito interessante. Conversamos bastante durante a viagem.
Ela mora em SP, mas é de SCRP, e estava indo visitar os pais que moram lá. Foi super bacana conhecê-la um pouco e trocarmos ideias. Contei
o motivo de minha viagem, e conversa vai, conversa vem, ela me convidou para ir para a casa
dela após o treinamento. Aceitei de bom grado, pois o treinamento terminava às
17:00h e eu teria que esperar até às 00:30h para pegar o ônibus e retornar par
São Paulo. Os paulistas, que são todos aqueles que nasceram e moram no
interior, são muito acolhedores. Lembram o meu povo mineiro. Portas e coração
aberto, com um sorrisão no rosto.
Chegando
em SCRP, a mãe de Aldine a aguardava na rodoviária, e gentilmente me deu uma
carona até o hotel.
O
hotel, San Juan, era simples, mas
confortável. Faço questão que toalhas e roupas de cama sejam brancas. Faço
questão, mas nem sempre foi assim.
O
trabalho com o grupo foi muito bom. Participativos, alegres, deram grandes contribuições no processamento das atividades. Aprendemos e nos divertimos.
Sempre, mas sempre mesmo, após todo e qualquer treinamento, faço uma reflexão sobre o que poderia melhorar, o que preciso melhorar nas minhas atitudes , ou até preciso buscar mais informações, qual dinâmica foi um sucesso, qual não foi tão boa assim. E assim sigo aprendendo.
Precisamos investir continuamente no desenvolvimento de nossos conhecimentos, habilidades e atitudes. Nossa responsabilidade com cada uma das pessoas, que investem seu tempo e seu dinheiro para nos ouvir, é muito grande.
Sempre, mas sempre mesmo, após todo e qualquer treinamento, faço uma reflexão sobre o que poderia melhorar, o que preciso melhorar nas minhas atitudes , ou até preciso buscar mais informações, qual dinâmica foi um sucesso, qual não foi tão boa assim. E assim sigo aprendendo.
Precisamos investir continuamente no desenvolvimento de nossos conhecimentos, habilidades e atitudes. Nossa responsabilidade com cada uma das pessoas, que investem seu tempo e seu dinheiro para nos ouvir, é muito grande.
O
treinamento foi na antiga Delegacia de Ensino, onde funcionou a 1ª
escola da cidade (1937). Antigamente era dividida: de um lado meninas, do outro
os meninos.
Inclusive
tem escrito do lado de fora, no alto do prédio: (MENINOS/MENINAS). Dentro tem
um pequeno museu muito interessante: carteiras, palmatória, retroprojetor,
slides, máquina de datilografar, fotos, cadernos de alguns alunos.
Chamou-me
a atenção um caderno de trabalhos manuais de uma aluna: crochê, tapetes, roupas
de bebê, pontos de cruz, tudo em miniatura e muito bem feito, com muito
capricho.
Mostra
como a mulher era criada para aprende habilidades domésticas, para casar, tomar conta dos
filhos.
O
grupo me surpreendeu com duas lindas homenagens:
-na
atividade Construção da Máquina Humana, fizeram uma máquina de datilografia.
Uma pessoa fazia de conta que estava datilografando, apontava um colega que
levantava uma letra. Ao final formaram a frase: MINAS - MEIRE.
-na
dinâmica do Jogo da Velha, o grito de guerra de uma das equipes era: UAI.
Foi
muito legal. Fiquei emocionada e considerei estas duas atitudes como uma
homenagem. E não era? Era sim.
Após
o treinamento, Aldine estava me esperando. Fomos para sua casa (muito bonita,
com piscina). Lá lanchei, conheci o seu pai que estava doente, tomei banho e descansei um pouco. Um luxo! Fiquei
encantada com o acolhimento que me deram. Uma pessoa estranha, e no entanto, me
receberam com tanto desprendimento e atenção.
Realmente as pessoas do interior são muito diferentes. Muito
hospitaleiros, carinhosos.
Depois
fui com aldine para um sítio e conheci outras pessoas maravilhosas: Graça, Sr.
Antonio, Silmara, Rosinha e outros. Foi muito bom. Como estava muito quente,
alguns estavam tomando de piscina. Tomamos cerveja, comi testículo de boi (nem
tão bom, mas não tão ruim. Nunca pensei que faria isso) e fizeram um arroz
delicioso, misturado com três tipos de carne, repolho e batata doce. É um tipo
de cozido português.
Foi
super bom; “bom demais da conta”. Dá vontade de voltar. Cheguei na rodoviária
para voltar em cima da hora, por pouco perco o ônibus. Na verdade, fui a última
a entrar no ônibus, e claro, só acordei em SP.
Mantive
contato com Aldine por um tempo, em SP. Ela conheceu minha família.
Mas,
infelizmente, os caminhos da vida e seus desvios nos fizeram perder o contato.
De
fato foi tudo muito, muito bom. Saudades da Aldine.
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