sábado, 28 de fevereiro de 2015

Fim de semana 

"Viva hoje!Arrisque hoje!Faça hoje!Não se deixe morrer lentamente!
NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ"Feliz...Feliz... Arriscar à Fazer, para Viver Feliz !!!!"


          Pablo Neruda


Fim de semana .... precisamos de descanso, diversão, acordar mais tarde, encontrar amigos, colocar em dia a leitura, os telefonemas, os emails, fazer uma comida gostosa e sem pressa, visitar as páginas do face dos amigos, assistir filmes em casa ou no cinema, fazer compras, ir ao parque com as crianças, com o cachorro (com nossos amores), fazer nada e ver o dia se arrastar gos-to-sa-men-te! Muitas são as opções. 

E por falar em filmes (adorocinema), uma dica; o filme é antigo, mas é maravilhoso. Sabe, um daqueles filmes que a gente quer ver mais de uma vez. O CARTEIRO E O POETA


Por razões políticas o poeta Pablo Neruda se exila em uma ilha na Itália. Lá, um desempregado quase analfabeto é contratado como "carteiro" extra, encarregado de cuidar da correspondência do poeta. Gradativamente se forma uma sólida amizade entre os dois. O carteiro Mario, aos poucos, aprende a escrever seus sentimentos por Beatrice, e Neruda ganha, em troca, um ouvinte compreensivo para suas lembranças saudosas do Chile.

É uma delícia de história. E,  ter como tema  uma passagem da vida de Pablo Neruda, vale por si só. Grande poeta.

Para quem tem oportunidade de assistir aos filmes que concorreram ao Oscar, vários são muito bons.

 Dos que já assisti, recomendo:

-O Abutre (excelentes cenas para usar em treinamentos cujo conteúdo programático seja negociação)
-A teoria de tudo (superação, persisitência)
-Tangerinas (consequências das guerras)
-Leviatã (as consequências de um sistema  corrupto)
-O Grande Hotel Budapeste (amizade, aventura)
-Whiplash (Fantástico! Cenas para refletir sobre coach, foco, estabelecimento de metas, liderança autocrática, disciplina, etc.
-O Juiz (relações familiares, segredos e mentiras)
-Para sempre Alice (triste!!!)
-Sniper Amerciano (história real de um atirador de elite.)


Aproveitem. Divirtam-se, descansem!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

UMA PAUSA NA VIAGEM

"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores." Cora Coralina

Eu quero ser uma dessas mulheres.

Nem bem comecei os relatos de minhas viagens e senti a necessidade de dar uma pausa para alguns esclarecimentos.

Eu sempre gostei de viajar. E já viajei bastante nesse nosso Brasil, como também conheci alguns países, algumas vezes por motivo de trabalho, outras para passear.
As pessoas, costumam me dizer que o meu trabalho é ótimo, pois como viajo, conheço muitos lugares, pessoas, e nunca lido com a rotina. É tudo verdade. Mas, nem tanto assim. 

Às vezes é muito cansativo, solitário, desconfortável, e a saudade chegava a doer. Por vezes, só conhecia o aeroporto e o hotel, ou a rodoviária e o hotel.  Já levei horas de “chá de cadeira” em aeroportos e rodoviárias.

Já dormi em hotéis maravilhosos, como também em casa de participantes (na cidade não havia nenhum hotel, pousada, nada), em pousadas e “muquifos”, que só por Deus! Já passei um pouco de fome (por falta de lugar para comer, ou porque não gostava da comida), e  às vezes a opção era só sanduíche de hamburguer ou salsicha. E, se tivesse que fazer tudo de novo, faria!

É de Milton Nascimento a música que fala: ...”todo artista deve ir aonde o povo está.”  Até que artista eu nunca fui, mas que fui até aonde o povo estava eu fui, e ainda vou.

A gente precisa escrever, senão esquece. Infelizmente, comecei a fazer registros de minhas viagens depois de algum tempo, e por isso perdi preciosas lembranças.

Entretanto, consegui resgatar e listar todas as cidades pelas quais passei (será que não esqueci nenhuma?), a trabalho, por estado. Em algumas, voltei uma, duas, e outras tantas vezes.


Minhas deliciosas, sofridas, alegres, e divertidas andanças!


ESTADO
CIDADE


São Paulo
SP(capital); Campinas; Santos; Praia Grande; Ubatuba; Peruíbe; Itanhaém; Mogi das Cruzes; Birigui; São José do Rio Preto; Cunha; Porto Ferreira; Santa Fé do Sul; Votuporanga; Holambra; Holambra II; Indaiatuba; Louveira; Mauá; Botucatu; Marília; Ourinhos; Junqueirópolis; Itapeva; Itu; Santana de Parnaíba; Boissucanga; Bauru; Presidente Prudente; Sandovalina; Marabá Paulista; Rosana Primavera; Mirante do Paranapanema; São Francisco; Guareí; Campos Novos Paulista; Itapecerica da Serra; São Miguel Arcanjo; Silveiras; Santa Isabel; Guarulhos; Parapuã; Oswaldo Cruz; Diadema; Monteiro Lobato; Dracena;  Itapira; Embú das Artes; São Caetano do Sul; São Bernardo; Olímpia; Santa Cruz do Rio Pardo; São Sebastião; Caraguatatuba; Ilha Bela; Santo André; Sorocaba; Votorantim; Campos do Jordão; Capão Bonito; Cajuru; Sagres; Garça; Biritiba Mirim; Franca; Novo horizonte; Osasco; Taboão da Serra; Itararé; Ribeirão Preto; Ilha Comprida; Jaú; Ribeirão do Sul; Mairiporã; Barretos; Macatuba; Bebedouros; Pirituba; Cubatão; Tanabi; Paraguaçu Paulista; Salto; Salto de Pirapora; Porto Feliz; Jundiaí; Igaraçu do Tietê; Apiai; Piedade; Socorro; Igarapava; Lençóis Paulista; Cotia ; Araraquara; Guaratinguetá; São José dos Campos(95)
PARÁ
Belém; Tailândia; Conceição do Araguaia; Redenção; São Miguel do Guamá; Marabá.
SANTA CATARINA
Caçador; Chapecó
RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro
MINAS GERAIS
Belo horizonte; Pouso Alegre
MARANHÃO
São Luiz
PIAUÍ
Teresina; Ipiranga; Picos; Parnaíba; São Raimundo Nonato; Miranda; Oeiras.
SERGIPE
Lagarto; Aracajú
PERNAMBUCO
Recife
CEARÁ
Fortaleza
PARANÁ
Curitiba; Foz do Iguaçu
RGS
Porto Alegre; Carazinho
GOIÁS
Goiânia
ESPIRITO SANTO
Vitória; Serra
BAHIA
Salvador


Acho que não esqueci nenhuma. Bom demais!







quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

PIAUÍ - Teresina http://www.teresina.pi.gov.br/

"A colheita é em conjunto,o capinar é sozinho."
Guimarães Rosa



http://imgms.viajeaqui.abril.com.br/1/foto-galeria-materia-620-5mna.jpeg?1322733837


Eu trabalhava em uma multinacional, em São Paulo, quando ocorreu a minha  primeira experiência como facilitadora de grupos, “independente”.

Cristina Sacchetto, minha grande amiga de muitos anos, foi a minha mentora, a responsável por eu ter chegado aonde estou hoje. Foi ela quem me convidou para vir trabalhar em São Paulo, logo após ter me graduado no curso de psicologia. Que medo que deu! Nem conhecia São Paulo! Mas, tinha uma amiga do meu lado e a família que me apoiou. Meus portos seguros. Foi ela quem me apresentou à empresa que contratava Facilitadores de Grupos para ministrar treinamentos pelo Brasil afora. Tem como agradecer? Agradeço ad eternum.

E minhas viagens começaram. Trabalhava de segunda a sexta na empresa, e quando me agendavam, viajava na sexta à noite para ministrar treinamentos no sábado, ás vezes no domingo, pois donos de empresa só tinham esse tempo.
Foi assim durante um tempo, posteriormente decidi “bater asas”, saí da empresa e iniciei minha carreira de Consultora.

TERESINA!!  Primeiro treinamento a gente nunca esquece. Não dá para esquecer mesmo! Além de ser o primeiro treinamento, iria ser avaliada não apenas pelos participantes, mas também por uma profissional da empresa, que atestaria se eu era ou não competente para o trabalho.
O módulo de 8h era sobre o processo de Tomada de Decisões e Solução de Problemas. Noite mal dormida, ansiedade lá em cima, ai que medo! Será que devia ter tomado essa decisão?
Quase trinta participantes em sala e todos com graduação ou pós graduação.
Mas, como ouvi, certa vez, que a arte da coragem é ter medo e não demonstrá-lo, assim o fiz. E ocorreu tudo muito, muito bem. É verdade, durante alguns momentos eu me sentia apavorada. Mas, me mantive firme, não demonstrei em nenhum momento o que sentia.

E meus aprendizados começaram a partir daí. O primeiro deles: preparação, preparação, preparação. Quando dominamos o conteúdo, técnicas de trabalhar com grupos, fica bem mais fácil lidar com as diferentes pessoas e situações, com os imprevistos.
Abraham Lincoln,  certa vez disse que: “ Se eu tivesse 6 horas para cortar uma árvore, gastaria 4 afiando meu machado.” E isso eu fiz, ah! se fiz. Li muito, muito, pesquisei, treinei. Meu “machado” estava bem afiado. Mas, nem por isso deixei de sentir tudo que senti. Afinal, era tudo muito novo. Não conhecia o lugar, as pessoas. Era eu e eu, com eles.

Ao término do treinamento, quando manifestaram verbalmente a avaliação, fiquei em êxtase. Felicidade total. Sensação de dever cumprido, de ter dado o meu melhor. Voltava para casa feliz,  e tudo o que queria era que aquele voo fosse bem rápido, para chegar logo em casa e compartilhar com minha família o que vivi, senti. É, mas não era tão rápido. Parada no aeroporto de Brasília, atraso de voo. Mas, estava tudo bem. Eu estava feliz, a ansiedade acalmou, e quando lembrava do carinho que aquelas pessoas tiveram comigo, o coração acalmou.

Não conheci nada de Teresina. Cheguei na sexta à noite e retornei para São Paulo no domingo de manhã. Oportunidades não iriam faltar, pois fui aprovada. E não faltaram. Retornei ao Piauí, um punhado de vezes, e conheci um pouco mais de sua gente, de seus costumes, de seus lugares.

"Habilidade é o que você é capaz de fazer. Motivação determina o que você faz. Atitude determina a qualidade do que você faz." (Lou Holtz)



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O início

"Buscar e aprender, na realidade, não são mais do que recordar." 
 Platão


Quando tudo começou? Lembro-me, que ainda muito pequena, dizia que não queria ser professora. Nem sabia ao certo o que era ser “professora”.  Cordisburgo era (é) uma cidade muito pequena. Pequena cidade do coração (CORDIS – do latim = coração. BURGO – do alemão = cidade. Chic, não é mesmo?), tinha (tem) poucas oportunidades de estudo, trabalho diversão e muitas oportunidades para uma vida tranquila, sossegada. O tempo se arrasta gostosamente. Para quem gosta de cidade pequena é um pedacinho do paraíso.
Pois bem, só tinha uma opção para o ensino médio: o curso para formação de professora. Naquela época, quem cursava, era chamada de “normalista”. Não pensei duas vezes: não quis fazer. Idiota. Fiquei 2 anos sem estudar, quando então surgiu o curso de Técnico em Contabilidade. Não pensei duas vezes: me matriculei e formei. E adivinha o que aconteceu após formada? Fui ser professora nesse curso. Professora de Ensino Religioso e Processamento de Dados (usávamos máquinas de escrever). Aos poucos, para quem ainda não sabe, vou revelando minha idade (risos). Que chatice eram essas aulas! E eu era mais chata ainda; muito brava, cobrava demais dos pobres dos meus alunos.
Mas, as aulas de religião eram um sucesso. Teatro, música, estudos dirigidos... A turma gostava e eu também!

E, por falar em religião, o primeiro grupo com o qual “trabalhei” foi da turma de catecismo. Tinha 15 anos. Ainda guardo, cuidadosamente, uma foto com a turma em frente a pequena e charmosa Igrejinha de Cordisburgo. A criançada não tinha paciência de me esperar chegar, e iam me buscar em casa. Uma menina (naquela época era menina mesmo), com uma turma de meninas e meninos, olhos brilhantes, cheios de alegria e que aprendiam brincando, com prazer.  

Um pouco mais tarde criei um grupo de jovens e fizemos coisas fantásticas encenações na Igreja, caminhadas para refletir e fortalecer a nossa fé, até cultos religiosos celebramos, pois só havia um padre para a cidade (e pra quê mais de um?) e para os povoados do município. E era para esses pequenos locais que íamos celebrar os cultos, com comunhão e tudo que tinha de ter.
Nossa, conseguimos levar Neimar de Barros para cordisburgo, naquela época muito famoso, autor do livro: Deus Negro. Foi um sucesso. A Igreja lotou e a palestra proferida por ele foi emocionante.
E foi assim que tudo começou. Lá em Cordisburgo, cidade de Guimarães Rosa, de Meire Lúcia, dos Souzas, Silvas, Ferreiras, Barbosas, de toda a gente que dá um toque especial a essa cidade, que parece parou no tempo, mas que faz a gente ter saudade de um tempo que passou. E eis aí o encanto!

E então saí de Cordisburgo. Queria mais. Precisava de mais.

Mais tarde descobri que existem várias formas de ser “professora”.  Tive certeza: nosso destino está escrito nas estrelas. E cabe a cada um de nós, fazer com que essa estrela brilhe com toda a intensidade que é capaz, aonde quer que estejamos, em Cordisburgo, Itapecerica, Belo Horizonte, São José do Rio Preto, São Paulo, na Índia... não importa o lugar. Importa aonde você quer chegar, o que quer ser. Importa cuidar, cada um de sua  estrela, para que ela brilhe cada vez mais, e sua luz possa iluminar o caminho a seguir.

Muita luz no dia de hoje para todos nós. E sempre!


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015



"A coragem é a primeira das qualidades humanas porque garante todas as outras." Aristóteles

E foi assim:

A ideia de criar meu blog surgiu faz tempo. Às vezes, demoramos muito para fazer algo que temos vontade. Vamos postergando. Outro dia... hoje não. Tenho que pensar um pouco mais, "amadurecer" a ideia , criar coragem, deixar a preguiça de lado, etc. Cada um tem os seus motivos, desculpas, justificativas.  E quais são os meus? Sei lá. Não quero pensar muito nisso. Só sei que agora, hoje, tomei a decisão de colocar em ação uma vontade que surgiu há muito tempo. Só sei que essa ideia, que estava "adormecida", acaba de ser  resgatada. 

Qual o meu objetivo? O que quero? 

Apenas um espaço de compartilhar um pouco da minha trajetória profissional. Contar minhas histórias adquiridas em muitas viagens pelo Brasil, que me proporcionaram conhecer pessoas maravilhosas, lugares encantadores (e ruins também). Histórias que me fizeram rir, chorar, aprender, aprender demais. Quantas pessoas, quantos "causos", estradas rodadas, de ônibus, carro, barco, aviões grandes e pequenos, muito pequenos. E quantos sabores conheci e  passei a apreciar. O arroz com cuchá de São Luiz do Maranhão; o peixe tucunaré , o pato no tucupi no Pará; o arroz Maria Isabel no Piauí; o caranguejo grandão em Aracajú; a tapioca  e o queijo coalho no Recife; o baião de dois em Fortaleza...Nossa, chego a sentir os sabores, os cheiros. Pessoas, lugares, que para sempre marcaram a minha vida.

Mas, não serão apenas histórias. Quero mais. Sempre quero mais. Também compartilharei curiosidades que aparecerem pelo meu caminho; dicas para atuar com grupos; aplicar jogos, dinâmicas; dúvidas, reflexões, citações.

Na minha infância, quando a luz faltava, sentávamos do lado de fora  de nossas casas,  e nossos pais e vizinhos, que chegavam com seu banquinho, contavam suas histórias, que na maioria das vezes era de dar um medo danado, mas que também divertiam muito. Momentos sagrados e inesquecíveis. 

Hoje, a luz ainda costuma faltar de vez em quando, mas não há mais como ir para fora de casa, fazer uma roda de contadores de histórias e ir para a cama cheia de sono e coração leve. Mas, é posssível criar novos espaços, em tempos  e lugares diferentes, e criar novas conexões para ficarmos mais próximos, ainda que distantes fisicamente.

Puxe o seu "banquinho", e faça parte dessa viagem que começo hoje.